sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Confuso como tudo.

Abre os olhos, acorda, levanta. Abre a janela, admira o dia.
Respira fundo.
Momentos nostálgicos em frente ao espelho.

Finalmente... Chegou ? Será ?
Dúvida bate, incerteza persegue e esperança persiste em ficar. Medo visita nas horas de grande entusiasmo e se vai, mas logo, volta e nem bate à porta. Adentra sem pedir licença, tomando logo o lugar dos demais sentimentos, a não ser, do nervosismo, que é imutável.

Oscilações constantes de humor.

É, agora, este o dia-a-dia daquela, antes controlada, agora perdida, menina apaixonada.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Aquela noite de Domingo.


Um olhar, é o que me basta.
Nele, encontro verdade e mentira, felicidade e tristeza, vitória e derrota, confiança e medo.
Palavras que saem da boca, julgadas como sinceras, podem ser desmentidas; desmascaradas com só um movimento dos olhos: Quando estes, ao encontrar os meus não o encaram, não o admiram, e sim fogem, como se algo estivesse pendente; errado. Ao fazer isso, vagam pela sala mal iluminada, olham os cantos, contemplam as paredes brancas, observam o vidro da mesa e tornam a se encontrar com os meus, que fixos, buscam respostas mediante aquele clima de mistério barato regado a cerveja e fumaça de cigarro, que impregna a sala e toma conta de toda a casa.
Minha cabeça dói, mas mentalizo com força: "Me provoca, fala comigo !", e nada. Continuo presa aos olhos castanhos que me evitam na maioria do tempo e as vezes me correspondem com um ar de dúvida, como se quisesse saber o que passa na minha mente. Não falo nada, somente escuto e reflito por uns minutos: ''Seria tudo isto um teatro ?''
O tempo parece que não passa, tenho a impressão de que os segundos nunca foram tão longos, o relógio zomba da minha cara, dá a entender que deseja a minha permanência naquele local.
Então, repouso meus braços sobre a mesa, escondo meus lábios com as mãos, suspiro e espero. Tudo passa pela minha cabeça, mas me falta coragem, não acredito, mas temo. Desconfio mesmo sabendo que não deveria, minha razão e minha emoção mandam mensagens tão antagônicas que se confundem e me deixam em estado de alfa.
Tudo soa muito falso, muito vago, mas não crio conflitos; respeito.
De repente, toca o relógio, que anuncia as horas; é, enfim, uma da madrugada. Todos se arrumam, empacotam as coisas, enrolam pratos em sacolas, e em questão de minutos, abrem a porta e se vão, e só o que restou fui eu e meus pensamentos cheios de dúvidas, mas sem respostas.